KYC: Como o Know Your Customer ajuda a proteger empresas e clientes

O que é KYC- Know Your CustomerO que é KYC?

KYC ou Know Your Customer (cuja sigla em português significa Conheça Seu Cliente) é um conjunto de práticas que tem como o intuito verificar informações relacionadas a clientes, fornecedores ou parceiros ,seja em relação à comprovação de identidade do mesmo ou possível envolvimento em alguma atividade ilícita.

Em outras palavras, o KYC detecta, a partir de uma análise efetiva de riscos e monitoramento contínuo de atividades financeiras, clientes que têm perfil suspeito de fraudes.

Os procedimentos de  KYC estão intimamente ligado às regulamentações contra a lavagem de dinheiro (Anti-Money Laundering, ou AML) e ao financiamento ao terrorismo (Countering Financing of Terrorism, ou CFT). E em muitos países, como Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, o cumprimento das normas de KYC é uma exigência legal para diversas indústrias.

Por que o KYC é essencial para as empresas?

A implementação do KYC vai muito além de uma exigência burocrática. Ela impacta diretamente a sustentabilidade, a segurança e a reputação das empresas. Veja por quê: 

 1. Prevenir fraudes de identidade

Com o KYC, as empresas conseguem verificar se os documentos e dados fornecidos correspondem realmente à identidade da pessoa que está se registrando.

Vale salientar que a fraude de identidade é um dos crimes mais comuns no ambiente digital, principalmente em setores como bancos, fintechs, e-commerces e plataformas de crédito. Ao se passar por outra pessoa, o fraudador pode:

  • Abrir contas falsas;
  • Solicitar empréstimos ou cartões de crédito;
  • Realizar compras indevidas;
  • Aplicar golpes usando dados de terceiros.

 2. Combater a lavagem de dinheiro

O KYC é uma das ferramentas mais eficazes para combater a lavagem de dinheiro, pois obriga a empresa a identificar quem está movimentando os recursos, respectiva origem e se há algum comportamento suspeito nas transações.

Além disso, empresas que aplicam o KYC corretamente conseguem identificar Pessoas Politicamente Expostas (PEPs) ou clientes que aparecem em listas restritivas internacionais — perfis com maior risco para lavagem de dinheiro.

3. Estar em conformidade com legislações nacionais e internacionais

Reguladores ao redor do mundo exigem que empresas — especialmente instituições financeiras — adotem políticas rígidas de KYC como parte das normas de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD) e Combate ao Financiamento ao Terrorismo (CFT).

No Brasil, a exigência está presente em diversas normativas, como a Lei nº 9.613/1998 (Lei de Lavagem de Dinheiro)

4. Maior segurança nas operações financeiras

O KYC proporciona um ambiente mais seguro para transações, especialmente em setores como fintechs, bancos digitais, corretoras, seguradoras e marketplaces.

Com processos de identificação e monitoramento contínuo, a empresa consegue detectar movimentações atípicas, restringir acessos não autorizados e prevenir o uso indevido da plataforma para fins ilícitos. Isso aumenta a confiança dos clientes e parceiros comerciais, ao mesmo tempo em que protege os ativos da empresa.

5.  Melhoria no relacionamento com os clientes

Conhecer seu cliente vai além de saber seu nome e CPF. Um bom processo de KYC permite entender o perfil comportamental do cliente, seus hábitos de consumo e seu histórico de relacionamento com a empresa.

Essas informações são valiosas para promover uma comunicação mais efetiva e garantir um atendimento mais alinhado às expectativas do consumidor.

6. Facilidade de expansão para novos mercados

Empresas que desejam atuar em outros países ou atender clientes internacionais precisam atender a exigências regulatórias complexas — e o KYC é uma delas.

Ao já contar com um processo robusto e alinhado às boas práticas globais, a empresa ganha agilidade no processo de internacionalização, menor risco de bloqueios regulatórios e também mostra a capacidade da empresa de se integrar a ecossistemas financeiros globais.

Quem precisa aplicar os processos KYC? 

Os processos de Know Your Customer (KYC) são essenciais para uma ampla gama de setores e organizações que lidam com informações sensíveis, transações financeiras ou riscos de fraude, entre eles:

  • Instituições financeiras (bancos, seguradoras, empresas de crédito);
  • Fintechs e Serviços de Pagamento;
  • Plataformas de Criptomoedas;
  • Setor Imobiliário;
  • Setor de Telecomunicações;
  • E-commerces e plataformas de compras online

Qual a relação entre KYC e Compliance?

O KYC é uma das ferramentas mais importantes dentro de um programa de compliance eficaz, especialmente quando falamos de prevenção a riscos e conformidade com legislações nacionais e internacionais.

Enquanto o compliance representa o conjunto de práticas e políticas adotadas para garantir que a empresa esteja em conformidade com leis, regulamentos e padrões éticos, o KYC é a aplicação prática de parte dessas exigências, voltada para a identificação e avaliação de terceiros — sejam eles clientes, fornecedores, parceiros ou investidores.

Implementar um processo robusto de KYC permite que as empresas conheçam com quem estão se relacionando, detectem possíveis sinais de alerta (como envolvimento em corrupção, lavagem de dinheiro ou sanções internacionais) e tomem decisões mais seguras. Isso protege não apenas contra riscos legais e financeiros, mas também contra danos à reputação da marca.

Como funciona o processo de KYC?

O processo de KYC varia conforme o tipo de cliente (pessoa física ou jurídica), o setor da empresa e o nível de risco envolvido. No entanto, ele geralmente segue três etapas principais:

1. Coleta de informações

No primeiro contato com o cliente, a empresa solicita dados e documentos como:

  1. Nome completo;
  2. CPF;
  3. dados bancários;
  4. comprovante de endereço.

2. Verificação e validação

Os dados coletados são verificados com o auxílio de ferramentas e bases confiáveis, como:

  1. Receita Federal;
  2. Bureaus de crédito;
  3. Cartórios;
  4. Pessoas Politicamente Expostas (PEPs)
  5. Listas de sanções internacionais (OFAC, ONU etc.)

Descubra como a Gedanken pode tornar seus processos de KYC mais seguros, ágeis e em conformidade com a lei.

3. Monitoramento contínuo

O KYC não se encerra na etapa de cadastro. Após a validação inicial, é preciso monitorar continuamente o comportamento do cliente e manter seus dados atualizados — especialmente quando há movimentações financeiras atípicas ou mudanças no perfil.

KYC para empresas: o que muda?

Quando o cliente é uma pessoa jurídica, a finalidade é garantir que a empresa também seja legítima, que seus representantes tenham autorização para agir e que não haja envolvimento com atividades suspeitas. Por isso, a verificação também inclui:

  1. Quadro Societário;
  2. Dados dos sócios e administradores;
  3. Contrato social ou estatuto;
  4. Origem dos recursos financeiros;
  5. Comprovação de atividade econômica.

Como a tecnologia pode acelerar o processo de análise de KYC

Quando falamos de análise de dados para a tomada de decisão, processos manuais tornam toda a operação mais morosa e lenta. Além disso, amplia a possibilidade de erros, uma vez que há um grande número de clientes e parceiros, cuja necessidade de checar dados e informações são constantes. 

A tecnologia tem modificado este cenário, deixando o processo mais rápido e assertivo, uma vez que diminui consideravelmente a quantidade de erros. 

Em um processo de KYC veja como a tecnologia pode simplificar as atividades: 

  • Aceleração do due diligence com checks automáticos em bases públicas;
  • Classificação automática de riscos das contrapartes: fiscal, tributário, integridade, social, financeiro e ambiental;
  • Uso da inteligência artificial para analisar processos judiciais de pessoas físicas e jurídicas que realmente representa algum tipo de risco para a empresa;
  • Decisões automatizadas baseadas na classificação de risco.

A Gedanken conta com soluções robustas que auxiliam você a implementar um processo de KYC eficaz para que você possa manter relacionamentos comerciais éticos, transparentes e seguros. 

Nossos robôs automáticos checam mais de 400 bases de dados públicas e privadas, apresentando informações em tempo real das contrapartes e monitorando continuamente durante todo o relacionamento. Assim, sua equipe concentra esforços em quem realmente representa algum risco para a empresa, facilitando a sua tomada de decisão. 

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